Odeio esse seu charme. Odeio essa sua blusa preta que te deixa com os ombros mais largos e eu odeio esse seu caminhar desengonçado. Odeio sua voz. Odeio com todas as minhas forças cada um de seus gestos e eu me odeio quando estou perto de você.
Odeio o jeito como meus pés apontam para o lado em que você está e o jeito que eu mexo no cabelo quando está por perto. Odeio meu sorriso quando percebo que você piscou para mim. Já disse o quanto odeio suas palavras? É, odeio todas elas duas vezes mais por saber que por diversas vezes eu acreditei sem pensar em nenhuma conseqüência. Odeio seu perfume, odeio seu abraço. Odeio esse seu sorriso encantador e odeio mais ainda quando ele está direcionado a mim. Odeio o jeito em que você dirige, e conta suas histórias. Odeio quando você cisma em colocar apelidos em mim, odeio todos eles.
Odeio acreditar em suas promessas e odeio o fato de você prometê-las. Odeio suas mentiras e essas, de fato eu realmente odeio. Odeio saber que não consigo te odiar e odeio saber que a mentira está explícita nessas palavras e que, nessa tentativa falha, eu não consegui te odiar e nem provar pra ninguém (e para mim mesma) que eu realmente te odeio, até porque não tem como.
Odeio perceber a profundidade de cada uma dessas palavras e do meu sentimento e odeio o fato de tudo isso não ser nem de longe parte do ódio que eu ainda insisto, em vão, dizer que sinto.
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